This project (2020-1-PT01-KA226-HE-094809) has been funded with support from the European Commission.
This web site reflects the views only of the author, and the Commission cannot be held responsible for any use which may be made of the information contained therein.

Select language  >  EN ES HU IT LT PT RO
Login
Register

Database of Teaching Sources

Uma base de dados de recursos didáticos online identificados, validados e avaliados dirigidos a estudantes do ensino superior para a aprendizagem de 18 línguas europeias.

Back to Teaching Sources

"Achados e perdidos" – Memórias e emoções, o valor da saúde mental

Data de publicação

15 August 2018

Grupo-alvo

Docentes
Estudantes

Área de domínio

Medicina & Enfermagem

Contexto de aprendizagem

Contexto de sala de aula

Língua-alvo

Português

Língua de instrução

Português

Nível de QECR

A2
B1

Tipo de material

Vídeo

Componentes linguísticas

Vocabulário

Competências

Expressão oral

Descrição

Do ponto de vista tecnológico, para usufruir do recurso é necessário um computador com acesso à internet e uma plataforma que permita a partilha de ecrã.
O recurso destina-se a estudantes com um nível de proficiência linguística intermédio (B1). Os estudantes que eventualmente tenham menos à vontade com a temática poderão realizar a tarefa de modo menos descritivo e desenvolvido.
O recurso apresentado constitui uma versão otimizada de um outro recurso aplicado em duas turmas de estudantes chineses aprendentes de português como língua estrangeira.
A validação ocorreu a cada aplicação e permitiu o ajuste e melhoria do recurso, o que conduziu à versão que se apresenta.

Estudo de caso

O recurso destina-se à unidade curricular de 2.º ano, semestre 1, Conversação em Português III, inserida no curso de Língua Portuguesa Aplicada e para estudantes chineses.
Os estudantes frequentam o primeiro ano do curso na China e o segundo e terceiro anos em Portugal em imersão linguística.
Uma vez que, na sociedade atual, os estudantes são cativados facilmente pela imagem, o recurso pretende estimular a produção oral a partir da leitura de imagem em movimento (vídeo) convocando competências inferenciais, pois o vídeo não tem qualquer texto. Desta forma pretende-se articular de forma muito estreita a leitura de imagem com a expressão oral.
Com este recurso os estudantes puderam conjugar os conhecimentos do nível elementar, i.e. recorrer a vocabulário simples para descrição objetiva das imagens, com os conhecimentos temáticos e linguísticos próprios do nível intermédio. O recurso foi criado desta forma precisamente para dar resposta à heterogeneidade da turma, permitindo que todos os estudantes se sentissem capazes de realizar a tarefa.

Orientações

1.ª Etapa: Ativação da temática
O professor, com base na relação dialógica, inicia a aula com uma revisão da aula anterior, recuperando algumas expressões fixas como “ficar/guardar na memória”; “ter boa/má memória”; “ser uma boa/má recordação”.
2.ª Etapa: Apresentação do vídeo
O professor solicita atenção e lança duas questões: a) Que objetos são importantes no conto? E porquê?; b) O que se perde e o que se ganha ao longo do conto?
3.ª Etapa: Compreensão do vídeo
O professor começa por fazer perguntas de apreciação do vídeo. Do que os estudantes gostaram/ não gostaram e porquê; se é um vídeo infantil e porquê.
De seguida, faz a pergunta relativa aos objetos importantes, aproveitando para recordar algum vocabulário da habitação; depois coloca a segunda questão e conversa/explora a real mensagem do recurso (o envelhecimento provoca perda de memória e há doenças que afetam a memória, ex Alzheimer, depressão, demência...)
O professor regista no quadro as palavras mais importantes da temática.
4.º Etapa: Produção oral: partilha de uma boa recordação
O professor solicita aos alunos que, em cerca de 5 minutos, preparem uma apresentação de uma boa recordação, fornecendo alguns tópicos orientadores (O que aconteceu? Quando e onde aconteceu? Como se sentiu no momento em que aconteceu? Como se sente agora ao recordar esse momento? Como sente que esse facto o ajudou ou prejudicou?) O facto de o tempo ser pouco para preparação é precisamente para evitar a redação do texto e depois a leitura (tendência dos estudantes que aprendem uma língua estrangeira). Pretende-se que façam apenas uma tomada de notas. Os estudantes podem pesquisar algum vocabulário para que a apresentação seja emotiva, fluente e ofereça a sensação de espontaneidade e naturalidade próprias do discurso oral.
O professor lança a atividade à turma e apresentou um exemplo de boa recordação, um facto da sua vida.
Todos os estudantes apresentam a “sua boa recordação” e o professor após cada apresentação coloca questões pontuais para que os restantes estudantes estejam atentos e façam um esforço para compreender o colega.
Nota: O professor anota numa grelha de avaliação da expressão oral o desempenho de cada estudante. A grelha é de fácil preenchimento e com poucos parâmetros, a saber: cumprimento da tarefa; uso de vocabulário específico; correção linguística; fluência. O preenchimento é feito com a classificação numérica 1(fraco), 2 (insuficiente), 3 (suficiente), 4 (bom) e 5 (muito bom).
5.ª Etapa: Registo da Emoção
Uma vez que o professor sensibilizou para o uso de expressões emotivas, como “Foi giríssimo!”; “Foi fantástico!”, após as apresentações recupera e regista cada expressão utilizada.

Avaliação

Categoria
Valor
Abrangência
Capacidade de combinar as necessidades dos docentes e dos estudantes

5

Valor acrescido
melhorias tangíveis fornecidas

4

Desenvolvimento motivacional
a capacidade de motivar os alunos para melhorar as suas competências linguísticas

5

Inovação
eficácia na introdução de abordagens inovadoras, criativas e previamente desconhecidas para a aprendizagem de Línguas para Fins Específicos

5

Transferabilidade
avaliação do potencial transferível e da possibilidade de constituir uma fonte de capitalização/aplicação ulterior para outros projetos linguísticos em diferentes países

5

Avaliação e validação de competências
disponibilidade de instrumentos adequados para os professores acompanharem o progresso dos estudantes e para estes avaliarem o seu progresso e refletir sobre a sua aprendizagem

3

Adaptabilidade
flexibilidade dos conteúdos e possibilidades para os professores das Línguas para Fins Específicos adaptarem os conteúdos às suas necessidades e às dos estudantes

5

Usabilidade
avaliar a usabilidade técnica do ponto de vista do professor e do estudante

5

Accessibilidade
Acessibilidade: avaliar a acessibilidade do ponto de vista do professor e do estudante

5

Comentários:
O recurso, por partir de um produto de animação, exemplificativo da arte cinematográfica, e por oferecer a imagem em movimento, constitui um fator de forte motivação junto dos jovens adultos e dos adultos em geral.
Pretende-se uma exploração gradativa do recurso e da temática na medida em que o recurso caminha do objetivo para o subjetivo, do mundo físico e real para o mundo das emoções, o que convoca também vocabulário de níveis diferentes de forma a permitir por um lado a sistematização e por outro a aplicação de novos vocábulos, tornando a tarefa com um nível de dificuldade equilibrado e acessível a estudantes com menos habilidades linguísticas.
Considera-se que a apresentação de um modelo é fulcral ainda neste nível de proficiência e perante a heterogeneidade dos estudantes. Pretende-se impulsionar o estudante à ação, orientando-o.
Há atualidade e inovação no recurso por associar duas áreas de saber (a arte e a saúde) e por promover o pensamento crítico. É de extrema importância esta articulação para que os estudantes compreendam que “o ir ao cinema” pode ser um momento de lazer, mas também um momento de cultura, de conhecimento, de reflexão e de crescimento pessoal, facto que pode ser amplamente desenvolvido, inclusive autonomamente, devido à acessibilidade do recurso e de outros do mesmo género.
A avaliação da produção oral foi simultânea à apresentação e orientada pela grelha previamente preparada. Se por um lado a grelha é simples e de registo fácil, por outro não permite um registo minucioso do desempenho do estudante. Ainda que assim seja pretende-se uma avaliação de cariz formativo e, nesse sentido, considera-se que este registo é adequado ao propósito. É de extrema importância que o professor dê este feedback ao estudante para que compreenda no momento o que há a melhorar.
A avaliação das produções orais também poderia ser feita pelo próprio estudante (autoavaliação) e pelos pares (heteroavaliação).
Website do recurso de ensino:
Visit